Os contratos futuros da soja abriram esta quinta-feira, 25, registrando expressivas altas. Assim como no dia anterior, a valorização é puxada pela disparada das cotações do óleo de soja, que atingiu o maior nível desde fevereiro de 2013.
A menor produção de etanol nos EUA, que sofreu com o frio histórico no país, e incertezas sobre o clima na Argentina foram os gatilhos para os ganhos. Agora, uma nova alta em Chicago vai depender das condições climáticas na América do Sul.
Soja
- Março 21: US$ 14,37 (+14 cents/bushel)
- Maio 21: US$ 14,40 (+14,2 cents/bushel)
- Março 22: US$ 12,06 (+9,4 cents/bushel)
- Maio 22: US$ 11,94 (+6,4 cents/bushel)
Milho
- Março 21: US$ 5,55 (-3,6 cents/bushel)
- Maio 21: US$ 5,53 (-3,6 cents/bushel)
- Setembro 21: US$ 4,96 (-0,4 cents/bushel)
- Dezembro 21: US$ 4,76 (+6,6 cents/bushel)
- Setembro 22: US$ 4,77 (+0,2 cents/bushel)
- B3 Março 21: R$ 89,00 (+0,28%)
Comentário
Recentemente, a AgResource afirmou que a fase de demanda aquecida terminou quando a China mudou e transferiu sua procura por soja dos EUA para a América do Sul, onde o produto está mais barato. Acreditamos que se outra alta do grão acontecer, será baseada nas perdas da safra da América do Sul.
Para o milho, acreditamos que a perspectiva de produção na Argentina é superestimada em 2 ou 3 milhões de toneladas. Esse cenário tem como base a previsão de tempo seco, que pode reduzir a produtividade do cereal argentino entre 5% a 12%, o que é relevante diante dos baixos estoques de grãos nos EUA. Uma nova recuperação nos preços vai depender do clima na Argentina.
Clima
Os mapas climáticos norte-americano (GFS) e europeu indicam que um calor anormal deve acelerar as perdas na umidade do solo da Argentina, já que as chuvas serão limitadas nos próximos 10 dias. Após o dia 1 de março, existe uma chance maior de chuvas na região.
No Brasil, as chuvas devem continuar em todo o Brasil central até o fim da semana. As precipitações agora devem atingir também Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo de 1 a 6 de março, o que deve colaborar para o milho segunda safra recém plantado.
Milho
Acompanhando o clima, nesta quinta, o relatório da Bolsa de Cereais da Argentina deve informar sobre a condição das lavouras do país e como elas vêm se desenvolvendo diante um padrão de chuvas apertado para o balanço hídrico.
A AgResource observa com preocupação o clima no país, baseado na análise dos dados das chuvas da temporada 20/21 contra as precipitações de 30 anos. A seca mais recente no país foi no ano 17/18, com perdas que atingiram a faixa de 20% a 22%.
Este ano, o clima vem se comportando de forma similar, porém, as temperaturas registradas, em média, foram abaixo do normal. Isso não levaria o país a uma perda tão expressiva na produção como no ciclo 17/18, mas com certeza, uma queda de produtividade deve se materializar tanto no milho. A visão da AgResource mantém a redução da produtividade do cereal argentino em torno de 5% a 12%.
Prêmios
O mercado de prêmios no Brasil permaneceu estável durante o fechamento da quarta-feira, 24, continuando com indicadores de compra no patamar negativo e limitadas negociações reportadas no mercado. Porém, foram relatadas confirmações para embarque em junho/ julho. Os preços do mercado FOB brasileiros mantiveram mais um dia com ritmo de alta, impulsionados pela alta na CBOT, o que recebe suporte dos preços do petróleo e dos óleos vegetais.
O dólar operou com fraqueza diante o real, o que não incentivou novas vendas por parte dos produtores para a safra 2021.
PAPER PARANAGUÁ
2021 (vendedor/ comprador)
- Março: 0 / -25
- Abril: +8 / -5
- Maio: +18 /+12
- *unho: +40 /+35
- Junho/Julho: +55 / +50
- Agosto: +120 / +110
2022* (vendedor/ comprador)
- Fevereiro: +55 /+40
- Março: +30/ +20
- Maio: +30/ +23
- Julho : +52/+32