Pandemia do Covid-19 segue derrubando os mercados mundiais!

Bom dia! A situação segue calamitosa nos mercados financeiros mundiais, que por mais um dia vem registrando fortes quedas nos principais índices acionários e financeiros, puxando também para baixo os preços das commodities agrícolas, energéticas e minerais. As medidas de estímulo econômico anunciadas até o momento não têm tranquilizado os investidores. Nos Estados Unidos os casos vêm se expandindo rapidamente, e diversas atividades vem sendo canceladas ou suspensas, inclusive a entrada de pessoas vindas da Europa, foco da dispersão do vírus pelo Ocidente.
Desde o pico atingido em Fevereiro (12/02), o índice Dow Jones já recuou 20%. No Ibovespa, a queda no período já soma 26%. Esta fuga de capital somada ao sentimento de risco, vem fazendo o dólar decolar frente ao Real, já chegando a operar acima dos R$5,00 nesta manhã. O Banco Central vem atuando para conter a alta volatilidade da moeda americana.
MERCADO AGRÍCOLA
O mercado em Chicago está seguindo a fraqueza financeira em meio à preocupação de desaceleração no comércio mundial. A Argentina continua oferecendo o milho mais barato no mundo hoje, enquanto na soja e no farelo o Brasil lidera a competitividade mundial neste momento. Isso tem limitado a demanda por grãos no EUA, o que junto com o Covid-19 amplia a pressão baixista para as cotações na CBOT.
No lado da oferta, destaque para a redução da safra argentina de soja, que após semanas de chuvas escassas e temperaturas acima da média, teve sua estimativa de produção reduzida de 54-55 para 51-52 milhões de toneladas. No Brasil, diante da situação da safra gaúcha, a tendência também é de pequenos cortes na produção total do país.
ALERTA-RECOMENDAÇÃO: A montanha russa em Chicago segue bastante ativa, e a tendência geral continua baixista. Para o milho, os limites de baixa nos contratos Maio/20 estão entre US$3,40-3,60 por bushel, enquanto para a soja ficam entre US$8,30-8,50 por bushel. Porém no Brasil o dólar forte elimina o problema das quedas em Chicago. Nossa recomendação é manter a cautela neste momento, limitando novas vendas de soja e travas de câmbio, especialmente aos produtores com vendas acima de 70% da safra 2019/20 e 20-30% para Safra 2020/21.