Apesar do COVID-19 tomar os noticiários ao redor do globo, a crise do petróleo terá maior efeito sobre o setor agrícola. Entenda o motivo!

Bom dia! O mercado agrícola em Chicago opera em alta neste início da manhã com o macrocenário se acalmando e o Índice Dólar em desaceleração. Fundos de gestão ativa agora recolhem os lucros em posições vendidas abertas recentemente. Além do mais, os operadores aqui da CBOT estão na expectativa de que o USDA anuncie vendas diárias de milho e trigo dos Estados Unidos para a China. Os rumores sugiram na tarde de ontem, quando havia importadores chineses procurando por ofertas lucrativas dos cereais nos portos do Litoral Oeste estadunidense. A ARC foi alertada que 6-10 cargueiros de trigo, 4-6 cargueiros de milho e 2 de soja foram vendidos nas últimas 24 horas.
CORONAVÍRUS
O COVID-19 está em plena expansão, já alcançando os 245mil casos. A doença levou 3 meses para alcançar as 100mil infecções – e somente 3 semanas para dobrar os números. A aceleração das infecções é provável para persistir pelo mês de Abril, prejudicando a economia global. Nos Estados Unidos os casos subiram para 14mil, saltando 4 mil desde a tarde de ontem. O estado da California foi colocado em quarentena, onde há 40 milhões de pessoas e é o principal motor econômico dos Estados Unidos.
COMPRAS BRASILEIRAS
Com a desaceleração da doença em território chinês, as esmagadoras e importadoras asiáticas já estão voltando a acelerar as compras. Somente nesta semana, a China já adquiriu mais de 1 milhão de tonelada da soja do Brasil para entrega em Julho e Agosto.
GUERRA ENERGÉTICA
Apesar do Coronavírus tomar as atenções dos noticiários, será a crise do petróleo que irá interferir nos preços de commodities agrícolas no longo-prazo. Os preços de combustíveis estão em forte retração, dificultando a manutenção das margens de lucro de usinas de combustíveis renováveis (etanol de milho e cana; e biodiesel de soja).