Fundos seguem em cobertura de posições em Chicago, puxando alta. China mantém demanda no Brasil

Boa tarde. As cotações da soja e do milho mantiveram o movimento positivo observado desde o início da sessão de hoje. Os fundos investidores mantêm a cobertura de suas posições no lado da venda, ampliando a compra de contratos na CBOT, porém o movimento não está sendo acompanhado pelos consumidores finais (indústrias, tradings), o que limita altas mais intensas em Chicago. Os produtores americanos estão mais agressivos nas vendas da safra velha neste momento, à medida que as cotações vêm subindo e atingindo o alvo de venda, num movimento de precaução diante do cenário de demanda ainda incerto nos EUA em 2020.
Hoje o USDA confirmou a compra de 110 mil toneladas de sorgo americano pela China, porém o movimento é isolado, e não temos observado novo interesse de compras dos asiáticos nos portos americanos. As compras chinesas de sorgo mesmo com as tarifas em vigor são justificadas pelas boas margens e pela escassez de oferta de sorgo na Austrália devido a seca no país.
PREÇOS NO BRASIL
No Brasil, o movimento dos preços segue firme para cima, com dólar atingindo nova máxima hoje frente ao Real, operando acima dos R$4,57. Na B3, os contratos futuros do milho vêm operando novamente em alta hoje, o que também se observa no milho disponível nas principais praças do país. Na soja, os preços também estão se elevando, puxados pelo dólar e pela contínua demanda chinesa nos portos brasileiros.
Alerta-Recomendação: O câmbio segue dando ótimas oportunidades de venda de soja aos produtores brasileiros. Os prêmios também têm registrado firmeza diante das exportações aquecidas no Brasil, que registra compromissos recordes neste início de 2020 e volume 30% superior ao registrado em 2019. Frente a isso, recomendamos o avanço de vendas para 2021, com travas de até 20% da produção esperada na próxima safra.