Coronavirus garante nova sessão de baixas na CBOT. No acumulado da semana, soja estável e milho em alta em Chicago.

Boa tarde! Por mais uma sessão diária, as cotações das commodities agrícolas seguiram o movimento dos mercados financeiros, e encerraram a sexta-feira em queda na Bolsa de Chicago. Os investidores vêm reduzindo suas exposições ao risco, e permaneceram na ponta vendedora de contratos hoje na CBOT, impulsionando o movimento negativo. Mesmo com as quedas nas últimas 02 sessões, as cotações da soja encerram a semana próximas da estabilidade, enquanto o milho garantiu pequenas altas.
Hoje nossos contatos comerciais nos EUA informaram novo interesse de compra dos chineses de carne suína, sorgo e DDG em solo americano, para embarques no início do segundo semestre. Porém nas principais commodities (soja, milho e trigo) nenhum interesse vem sendo observado, fato justificado pelos preços mais atrativos dos grãos em outras partes do mundo.
Mas o baixismo no mercado se restringe a Chicago. No Brasil, os preços continuam em movimento de alta puxados pela boa demanda externa e interna, e pelo dólar, que se mantém acima de R$4,60. Reforçamos que o momento é interessante para ampliar as vendas de soja, especialmente para 2021. Consulte seu analista da ARC para montar sua estratégia.
SAFRA – ARGENTINA
Após semanas de chuvas abaixo da normalidade na maior parte da Argentina, as estimativas de qualidade da safra do país foram reduzidas drasticamente pelas bolsas locais. A Bolsa de Buenos Aires reduziu em quase 20% o percentual de lavouras em condições excelentes ou boas, passando de 69 para 49,6% da área total. Conforme vínhamos pontuando em nossos relatórios anteriores, os níveis de umidade do solo caíram significativamente no país, fato potencializado pelas altas temperaturas registradas nos últimos dias.
Diante disso, novas elevações na produção total do país estão praticamente descartadas. Uma nova rodada de boas chuvas está projetada para o início da próxima semana no país, e sua confirmação será essencial para interromper o ciclo de perdas. Outro fato relevante na Argentina é a paralisação de algumas empresas agrícolas em protesto contra o novo aumento das taxas de exportação da soja, agora fixadas em 33% do valor bruto. Essas taxas devem impulsionar uma menor área plantada de soja na próxima safra argentina.