Mercado desacelera depois de anuncio da OMS classificando o COVID-19 como uma pandemia mundial. Câmbio continua dando suporte aos preços no mercado físico brasileiro ? Confira nosso ALERTA.

Boa tarde! O mercado havia amanhecido sem muito ânimo, com a calmaria pairando sobre toda a especulação. Entretanto, ao longo do dia a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o COVID-19 como uma pandemia mundial, o que acelerou a concentração de investimentos em ativos seguros. Desde o anúncio da OMS, o câmbio brasileiro voltou a sofrer desvalorização de mais de 1,5%. Por outro lado, Governos de importantes nações econômicas estão criando comitês para a criação de propostas ao estímulo monetário. Entretanto, assim como estamos alertando há semanas, apenas medicamentos de cura ou tratamento distribuídos comercialmente para a contenção do COVID-19 será capaz de desacelerar o medo especulativo instaurado no mercado.
IMPORTAÇÕES CHINESAS
Na manhã de hoje foi anunciado vendas de 194mil toneladas da soja estadunidense para destinos “desconhecidos”, os quais normalmente são para a China. Além do mais, boatos de que importadores chineses estariam comprando mais 2-4 cargueiros da soja para ser embarcada no PNW ainda neste ano. Apesar da demanda pontual, o Brasil continua liderando as exportações e embarques semanais da soja com as ofertas mais baratas e uma imensa disponibilidade do grão.
ALERTA: O enfraquecimento do cenário macroeconômico parece perdurar por mais tempo, o que dificulta qualquer manutenção do otimismo no mercado em Chicago. Por outro lado, o cenário se torna favorável para as cotações de commodities agrícolas no Brasil, que possuem a dependência do câmbio em depreciação. Qualquer alta em Chicago irá disparar por qualquer problema climático que surja na safra estadunidense nos próximos 3-4 meses.