Complexo soja registra fortes altas nesta segunda em Chicago. Milho segue estável.

Boa tarde. Os mercados financeiros operaram mais próximos da estabilidade ao longo do dia, reagindo as diversas medidas de liquidez anunciadas pelos governos e Bancos Centrais internacionais. A soja manteve o forte movimento de alta observado desde o início da sessão em Chicago. O movimento de alta vem na esteira da renovação do movimento de compras de contratos e no mercado físico, aproveitando o momento de preços mais baixos após semanas de queda.
Os baixos estoques de farelo na China e as preocupações quanto a paralisação de indústrias de esmagamento no EUA e outras partes do mundo também vem puxando maior interesse de compras no curto prazo.
No Brasil, as altas em Chicago se somam ao fortalecimento do dólar frente ao Real, que voltou a operar acima dos R$5,10 nesta segunda-feira. Os prêmios também seguem firmes, o que coloca ofertas nos portos acima dos R$100,00 por saca em alguns negócios para pagamento futuro.
EXPORTAÇÕES – SOJA
Na última semana, o Brasil embarcou 2,66 milhões de toneladas ao exterior. Apesar das crescentes preocupações, por enquanto os portos do país operam sem paralisações. A China manteve o ritmo de compras nos últimos dias, inclusive para embarques no segundo semestre de 2020. O número de navios aguardando embarque no Brasil para a China neste momento soma 13 milhões de toneladas. Os compromissos totais de exportação somam agora 28,17 milhões de toneladas, 38,5% acima do volume registrado no mesmo período de 2019.
Na Argentina não foram registrados embarques de soja grão na última semana, e algumas unidades portuárias na região de Rosário estão com suas atividades afetadas pelas interdições devido o Covid-19. Nos Estados Unidos os embarques de soja somaram 570 mil toneladas na última semana. A China se mostra mais ativa nas compras nos EUA nos últimos dias, o que vem colaborando para as altas observadas em Chicago.