Com volume moderado de negócios, CBOT fecha sessão próxima da estabilidade.

Boa tarde! Poucas foram as novidades significativas chegando ao mercado de grãos nesta quinta-feira. Os mercados internacionais ainda rodam em nível de alerta devido aos impactos do Coronavirus, e os investidores têm evitado ampliar sua exposição ao risco nas commodities agrícolas. As Bolsa globais se mantiveram no verde hoje em resposta a série de estímulos econômicos sendo anunciados por governos e Bancos Centrais pelo mundo.
A soja fechou o dia em leve baixa no contrato Maio/20, e nenhum sinal de novas compras chinesas foram reportadas hoje nos Estados Unidos. O milho fechou o dia estável em Chicago, mas segue com pressão baixista no médio e longo prazo em função da queda no consumo de etanol nos Estados Unidos, com diversas indústrias do país em paralisação neste momento. Na próxima semana o USDA divulgará relatório de área plantada na nova safra do país, porém os resultados foram colhidos antes do agravamento do Covid-19 e das quedas nos preços do petróleo, não devendo, portanto, refletir as possíveis reduções da área de milho esperadas diante da queda na demanda por etanol.
No Brasil o mercado ficou próximo da estabilidade hoje, inclusive o dólar opera sem grandes variações, cotado a R$5,00. Na soja, os exportadores se mostram bem abastecidos para o curto prazo, com maior interesse de compra para oferta a partir de maio.
EXPORTAÇÕES – EUA
O relatório de vendas para exportações divulgado pelo USDA hoje trouxe números acima das expectativas médias do mercado. No milho as vendas foram robustas e somaram 1,81 milhão de toneladas, a maior venda semanal registada neste ano comercial, número puxado principalmente pelas compras chinesas (750 mil toneladas). Mas no acumulado do ano o resultado segue negativo, com total de 30,8 milhões de toneladas negociadas até o momento, contra 42,6 milhões no mesmo período de 2019.
Na soja, as vendas americanas somaram 904 mil toneladas. No ano comercial, o total chegou a 35,9 milhões de toneladas, contra 41,6 milhões em 2019. Acreditamos que diante do atual ritmo, o USDA deva cortar projeções de exportação total nos EUA em seus próximos relatórios.