Soja não segura altas da manhã, e fecha segunda próxima da estabilidade. Preços seguem firmes no Brasil.

Boa tarde. Após abrir a semana apresentando boas altas, as cotações da soja perderam força ao longo do dia, e fecharam a segunda-feira próximas da estabilidade na Bolsa de Chicago. Já no Brasil os preços seguem em tendência de alta, com dólar voltando a ganhar terreno frente ao Real hoje, operando acima dos R$5,15. Os prêmios também estão firmes nos portos do país nos contratos para o primeiro semestre de 2020.
Poucas são as novidades altistas no mercado internacional de commodities agrícolas. As preocupações quanto a dispersão do Covid-19 segue presente, mas é a atual crise nos preços das commodities energéticas, em especial o petróleo, que traz efeitos mais significativos nos fundamentos do mercado. As margens de esmagamento de milho para etanol nos Estados Unidos permanecem fortemente negativas, o que pressiona as cotações do milho no mercado internacional. No Brasil, o dólar em alta contribuiu para bons ganhos nas cotações futuras do milho na B3 nesta segunda, porém no mercado físico observa-se um certo enfraquecimento nos preços disponíveis.
EXPORTAÇÕES – SOJA
Na última semana, o Brasil destinou ao exterior 3,54 milhões de toneladas de soja, registrando novo recorde semanal de embarques nos portos do país. Os números indicam que em março registraremos um recorde de embarques mensais, acima dos 13 milhões de toneladas, volume este incentivado pelos atrasos na colheita em fevereiro e a demanda firme dos chineses.
Neste ano comercial, iniciado em fevereiro, o Brasil já registra compromissos de exportação de 31,5 milhões de toneladas, também um recorde para este período do ano, sendo 38% acima de 2019 e já somando 41% da projetação total de exportação. Nos Estados Unidos, os embarques de soja somaram 413 mil toneladas, mantendo o acumulado no ano levemente acima de 2019, apesar de vendas totais cerca de 15% inferiores nesta safra.