A AgResource continua com viés de alta para a soja, milho e trigo no curto e médio prazos. O movimento começou ano passado, com secas na Rússia e Estados Unidos e continua neste ano.
Demanda da China
Mais de 70% da safra de soja 20/21 do Brasil já foi comercializada, enquanto as vendas de milho seguem devagar nas últimas semanas por conta do atraso no plantio. Com vendas avançadas no Brasil, o apetite chinês segue forte nos Estados Unidos, com as exportações de milho também em volume recorde, assim como a soja.
O Departamento de Agricultura dos estados Unidos (USDA) estima que a China deva importar 100 milhões de toneladas de soja, enquanto a AgResource acredita que este valor pode ser bem maior, entre 107 milhões de toneladas e 110 milhões de toneladas. No curto prazo, nada indica que as compras diminuirão e, com apetite forte, frustrações de safra geram aumentos maiores nos preços.
Clima
O mapa abaixo mostra a previsão de chuvas, em polegadas, desta segunda-feira, 1º, até o dia 11. Cada polegada equivale a 25 milímetros. É possível notar bons volumes de chuvas no Sul, que está com o solo já encharcados, e mais chuva ainda no norte e oeste de Mato Grosso, o que pode atrapalhar a colheita.
Até agora, menos de 4 milhões de toneladas de soja foram colhidas, o que atrasa não somente os embarques, sobrecarregando os portos e estradas em março, como também atrasa o plantio da safrinha de milho. Já na Argentina, é possível ver uma área seca na região central do país nos próximos 10 dias.
Rússia
Rumores de mercado apontam que o governo russo vai elevar tarifas de exportação do trigo para valores acima de US$100 em impostos totais para um tonelada (tonelada atualmente sai por US$300). O valor se tornará impeditivo para novas vendas a partir de junho. A expectativa é que isso gere mais demanda para outros exportadores como os Estados Unidos. Caso os futuros de trigo subam com força, os futuros de milho subirão junto.